sexta-feira, 21 de março de 2014

Revisitando o facebook: uma perspectiva para a aprendizagem

Projeto escrever na internet: uma atividade hipertextual

Plano da atividade individual
                             
Nome do autor:
Jaqueline Souza dos Santos Silva
Título do projeto:
Revisitando o facebook: uma perspectiva para a aprendizagem
 
Público-alvo: (ano/série da turma)
3º Ano do Ensino Médio
Diagnóstico das necessidades: (motivos que justifiquem o projeto)
Os alunos dispõem de tablets com acesso à internet e fazem uso deles para utilização das redes sociais apenas como meio de interação interpessoal, com assuntos não relativos à aprendizagem e ao desenvolvimento do senso crítico.
Tema(s) a abordar:
Formação de hiperleitores; conscientização crítica dos textos em ambientes digitais; escrita no facebook; gêneros digitais.
Objetivos do projeto: (habilidades que poderão ser desenvolvidas)
Proporcionar aos estudantes do 3º ano do Ensino Médio um ambiente virtual de aprendizagem interativa com a utilização das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) em específico nesta mídia de grande suporte linguístico que é o facebook;

Instruir a leitura crítica de textos publicados no facebook;

Propiciar momentos de leitura de textos multimodais;

Compartilhar textos críticos produzidos a partir da visualização de vídeo;

Promover escrita colaborativa de no facebook;
 
Desenvolvimento do projeto: (descrição das etapas/atividades do projeto)
1.      Na aula inicial, conversamos sobre mídias digitais a partir do tema: Censura e mídia. Algumas imagens e textos escritos foram expostos em slides e debatidos em uma Roda de Discussão.
2.      fomos ao laboratório de informática visitar algumas páginas da internet através de pesquisa no Google sobre o tema da aula anterior (Censura e mídia). Solicitei que pesquisassem o conceito de mídia e o conceito de censura. Fizemos um paralelo histórico com o período da Ditadura Militar no Brasil. Antes mesmo que realizassem a pesquisa, alguns estudantes já colocavam seus respaldos: “internet é mídia”, “censura é quando a gente não pode falar a verdade das coisas”, entre outros. Os alunos elencaram os conceitos em arquivo word e a fonte da pesquisa em link. A partir desses verbetes já observaram a compreender a natureza do hipertexto. Alguns itens foram expostos durante a aula: os links, a interatividade do hipertexto, como a escrita acontece no hipertexto, entre outros aspectos.

3.      A necessidade de discutir mais sobre mídias, censura e hipertexto encaminhou a criação de um grupo fechado no facebook, também como uma forma de dinamizar e expandir conteúdos da disciplina, promover uma interação eficaz e colaborativa, que gerasse sentido à escrita dos textos pelos alunos, focalizando que não somente o professor leria, mas também outros leitores. Antecipadamente, já observamos quem tinha ou não acesso ao face e para que utilizavam. Distribui com a turma um texto cujo tema resgatava a história dessa rede social. (Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Facebook);

4.      Visitamos o face para criação do grupo. Com envio de convites aos alunos. Como primeira atividade, fizemos algumas postagens livres e os alunos postaram comentários informais sobre os posts uns dos outros.

5.      Fizemos uma leitura dos textos publicados e retomamos o que lemos sobre censura e mídia. Durante a leitura, mediante a funcionalidade dos gêneros e o discurso incutido nos gêneros, fizemos uma análise crítica. Os alunos opinaram e revisaram alguns conceitos, ainda infantilizados sobre o que as pessoas escrevem na internet.

6.      Discutimos sobre as regras que regeriam a utilização do grupo e discutimos sobre plágio a partir do site http://www.projetoescolalegal.org.br/?p=704

7.      Como atividade de escrita, os alunos assistiram ao vídeo A menina espantalho (youtube). Abordaram sobre a condição social feminina demonstrado pelo curta-metragem. Falaram sobre machismo, perseverança, alienação social, entre outros temas; esses publicados nos posts dos alunos. Em seguida, conversamos sobre os comados “curtir” e “compartilhar”, a partir do questionamento: Você compartilharia ou curtiria um vídeo como esse? Que outras coisas você curti ou compartilha no facebook? Será que tudo pode ser compartilhado? Onde está a censura nisso?

8.      Para concluir o projeto, os alunos elaboraram textos sobre o tema Censura e Mídia, com releitura e reescrita prévias à publicação, e compartilharam no grupo fechado e com os amigos.

9.      É necessário evidenciar que o grupo não findou depois do período do projeto. Atualmente, há a integração de outros professores que interagem no ambiente. Postamos assuntos relativos a disciplina focando os eixos leitura, escrita, análise linguística e literatura.





 
Tempo estimado (em horas): desde a proposição até a conclusão)
As atividades são permanentes.
Recursos necessários: (espaço, materiais, equipamentos, etc.)
Sala de aula, Telessala, Laboratório de Informática, Datashow, computador, notebooks, tablets, material xerografado,.
Critérios de avaliação: (aspectos que serão observados na avaliação do projeto)
A avaliação formativa, observando a aprendizagem contínua o aluno: participou efetivamente cumprindo todas as tarefas e durante as discussões; participou parcialmente sem apresentar considerações plausíveis sobre o assunto; não participou.
 
Forma de socialização das produções: (blog, rede social, wiki, cartazes etc.).
As publicações foram realizadas no facebook, grupo fechado 3º ano 2013 – Abílio de Souza Barbosa.
Link das produções: (local em que as produções estarão disponibilizadas)

Com abrangência devido para a este plano, os textos dos alunos sobre o tema Censura e Mídia serão publicados no blog: www.educablogport.blospot.com
Referências: (fontes de pesquisa para o planejamento e/ou projeto)
COUTINHO, Clara; LISBÔA, Eliana. Sociedade da informação, do conhecimento e da aprendizagem: desafios para a educação do século XXI.  Revista de Educação, Vol. XVIII, nº 1, 2011 | 5 – 22. Disponível em http://revista.educ.fc.ul.pt/arquivo/vol_XVIII_1/artigo1.pdf. Acesso em jul. 2013.
ALMEIDA, M. E. B. de; MORAN, J. M. (orgs.). Integração das tecnologias na educação. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005.
ARAÚJO, C. J; BIASE RODRIGUES, B. (orgs.). Interação na Internet: novas formas de usar a linguagem. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
MARCUSCHI, L. A.; XAVIER, Antonio Carlos, (orgs.). Hipertextos e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
MEC/SEMTEC (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio: Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: A Secretaria.

Resultados esperados:
O trabalho foi válido porque fez mudar as concepções dos alunos diante da mídias interativas e redes sociais, fazendo-os assumir uma postura crítica sobre o que se lê e se escreve no facebook.
A prática de leitura e escrita a partir da rede social integrou o que Marcuschi denomina como língua uma atividade atividade sociohistórica, cognitiva e interativa, visto que os alunos puderam se situar historicamente, como sujeitos sociais, validando suas convicções a respeito da escrita de textos na internet, de forma interativa e real, ambora o ambiente seja virtual.
Observações:
A inclusão das Tecnologias da Informação e Comunicação nnos diversificados ambientes sociais tem mobilizado os indivíduos a mudar sua forma de atuar na sociedade, no que diz respeito aos usos das modernidades estabelecidas pelo desenvolvimento tecnológico-comunicacional: há bem mais mobilidade, modifica-se a forma de comunicação, arquivamento de dados, realização de contas, envio de mensagens, entre tantas outras ações que há pouco tempo se fazia com bem menos recursos e de forma mais restrita. Nesse contexto, surgem novas linguagens as quais requerem estratégias de escrita ora mais flexíveis ora mais complexas quanto ao uso dos gêneros textuais e seus suportes. Isso incute mudanças no papel da escola, na forma de ensinar e aprender, exigindo um profissional com currículo sempre renovado; um professor multiletrado, comprometido com a formação dos aprendizes para os novos letramentos emergentes na sociedade contemporânea. Dessa forma, a escola tem se afastado de sua funcionalidade para com a sociedade, no que tange a formação humanística e ética do cidadão, eliminando-o da condição de sujeito crítico, autônomo, conectado e incluído em um mundo que está ao seu redor. Diante disso, o novo profissional da educação é aquele que integra melhor as tecnologias com afetividade, humanismo e ética. Destarte, será um professor mais criativo, experimentador, orientador de processos de aprendizagem presencial e a distância (MORAN, 2007).