sábado, 1 de agosto de 2009

Questões socias em Língua Portuguesa??? Isso é aprendizagem interdisciplinar!!!














































O ensino de Língua Portuguesa, mais do que ensinar a gramática prescritiva, está pautado, principalmente, na próprio experiência com situações reais de uso da linguagem. A língua que "ensinamos" na escola não se difere daquela que possuimos. Trata-se da análise da estruturação desta. Portanto, mesmo em aulas de LP, devemos proporcionar situações em que os alunos possam SENTIR a língua como recurso de interação. O idioma materno deve ser considerado o instrumento número um para a construção da cidadania. É por meio da linguagem que expressamos idéias, pensamentos e intenções; por meio dela estabelecemos relações interpessoais, tão importantes para o adolescente que está em busca da sua identidade. A apropriação da língua como algo que nos pertence – por meio da leitura, da escrita, da reflexão e da crítica.

Esse trabalho valeu a pena!!!

sábado, 25 de julho de 2009

Amar é a palavra chave para construção do mundo!!!


Trate as pessoas não como pensamos que elas devem ser tratadas, mas como gostaríamos de ser tratados...

Ame os que estão ao seu lado e tenha compaixão dos que lhe tratam mal.

O maior bem que o ser humano pode fazer é Amar.

Sem nunca olhar os defeitos dos outros.

Ame como Deus amou e diante de todas as suas atitudes seja capaz de discernir aquilo que lhe fará bem.

Ande pelo caminho reto e nunca esqueça de agradecer ao Pai por tudo, mas tudo mesmo, que acontecer em sua vida.

Até o maior mal acontece para nosso bem.


Essencialmente, Jaqueline Santos

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Interdisciplinaridade em foco... Interação, dinamização de cunho social







FÓRUM
TRABALHOS APRESENTADOS PELOS ALUNOS DO 3º ANO-ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ESTADUAL ABÍLIO DE SOUZA BARBOSA, OROBÓ/PE, ENVOLNVENDO TEMA DO COTIDIANO DOS ADOLESCENTES, COM O OBJETIVO DE PROMOVER O SENSO CRÍTICO DIANTE DE ATITUDES SOCIAS E QUE DIZEM RESPEITO AO SEU PRÓPRIO BEM ESTAR.


















Trabalho em grupo - Juntos somos ++++++








Alunos do 2º Ano preparando apresentação de trabalhos sobre Pronomes

terça-feira, 7 de julho de 2009

Língua Portuguesa - Olavo Bilac


Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

Literatura... Uma arte sem limites!!!

EREM Abílio de Souza Barbosa



Capricharam e arrasaram na apresentação dos seminários de literatura...


Parabéns, amados!

A MORENINHA
Jucélia da Silva; Carlos André; Davi; Welington (2º E.M. 'B')

O livro a Moreninha foi lançado em 1844, na mesma época Joaquim Manuel de Macedo formou-se em medicina em medicina no rio de Janeiro e no mesmo ano estreou na literatura com a publicação daquele que viria a ser seu Romance mais conhecido “A Moreninha”. A obra de Macedo se destaca dada a sua qualidade estética superior e o grande sucesso entre os contemporâneos. Essa geração romântica pertence ao Romantismo.
A história da “A Moreninha” gira em torno de uma aposta feita por quatro estudante de medicina da cidade do Rio de Janeiro, um dos estudantes era considerado namorador. Ele próprio garante aos colegas ser incapaz de amar uma mulher por mais de três dias. Um de seus amigos, Felipe, o convida juntamente com mais dois companheiro, Fabrício e Leopoldo a passarem o fim de semana em uma ilha na casa de sua avó, D.Ana. Ali também estarão duas primas e a irmã de Filipe Carolina mais conhecida como a “Moreninha” Por causa da fama de namorador do colega, Filipe propõe-lhe um desafio: Se a partir daquele final de semana Augusto se envolver sentimentalmente com alguma mulher por no mínimo 15 dias deverá escrever um romance no qual contará a história de seu primeiro amor duradouro. Apesar de Augusto garantir que não correrá esse risco, no final do livro ele está de casamento marcado com Carolina e o romance que deveria escrever já estava pronto.
Na nossa opinião, o romance foi muito bem escrito por que tem começo meio e fim.

Alencar, José de. Lucíola. São Paulo: Saraiva, 1959.

A encenação da mulher
Juliana Queiroz, Ana Maria, Josefa Cosma, Maria Januário, Jailza, Jailson, Maria dos Anjos (2º E.M. 'C')

Foi José de Alencar quem deu ao romance urbano uma forma mais consistente e bem acabada, chegando a realizar uma verdadeira crítica aos costumes da Época. A construção dessa heroína garantiu a José de Alencar o título de mestre dos perfis de mulher. Um mestre das encenações de Lucíola.
O texto Lucíola mostra a vida de uma cortesã que tinha seus muitos desejos, Esse nome senhora era uma escrava de Lúcia, e que a razão dormia naquele momento. Ana casou-se há dois anos, vive feliz com seu marido que a ama como ela merece, e cumpriu a vontade de Lúcia.
A obra pertence ao romantismo – prosa, contexto em que se identifica por uma mulher que tinha sua vida muito idealizada pelas suas aventura, por seu luxo, pela exacerbação do amor e também pelo sofrimento de amar.
A história está situada num tempo em 1846, começa o curso de direito em São Paulo. Suas discussões já se voltam em torno de política, filosofia e literatura sobretudo. O Romantismo era a escola literária dominante da época e influenciava as cabeças dos jovens, levando-os a uma vida boêmia.
A protagonista é uma mulher cortesã, que habitava em ambiente de luxo todos os homens que iam ao seu ambiente de luxo eram senhores cuidadosos. Eles eram homens de compromisso mais estavam procurando uma boa aventura com uma bela mulher, e Lúcia era a mulher perfeita para santificar todos os seus desejos: era jovem e bonita.
Mas ela sofria muito por ser discriminada pela sociedade que a criticava. Sentia vergonha por ser uma cortesã, no entanto ergueu a cabeça com orgulho.
Observando a época em que estamos, a pós-modernidade, ainda há muitas criticas em relação às prostitutas. A sociedade exclui, fica afastada e não respeita o direito de escolha do ser humano.

Atividade lúdica (Poema) realizada com a obra Lucíola:


À Lúcia, minha Lucíola

Agora vou ressaltar
O valor de Lúcia
Uma mulher jovem
De alma pura
E de desejos lascivos
Acredite-me, senhores,
Que lábios ardentes!

Que riso cândido
Estendeu-me seu encanto
E capricho de mulher.
Enquanto há mocidade
Aproveita a liberdade
O sabor fleumático das flores
Que aspira seus amores!

Perdeste belos sorrisos
Iluminaste uma paixão ardente
Amante pobre
Recebeste desejo
Faleceste minh’alma
Sorriso pálido
De beleza brilhante!

ALENCAR, J. de. Lucíola. São Paulo: Rideil, 1997. 59p.
Gláucia, Layane, Vanessa, Elândia, Leciane, Francielle, Mariana, Danielle (2º E.M. 'B'

José Martiniano de Alencar foi um dos romancistas mais importantes da literatura brasileira. Em suas obras, como o heróico guarani, falada imagem do índio como nosso antepassado heróico.
De maneira geral, seus romances se caracterizam por romances ficcionais, além disso tematizam a independência cultural e a construção de traços sociais do Brasil.
Lucíola (1862) narra a transformação de uma mulher, Lúcia, que se regenera pelo o amor de Paulo. O texto é narrado em primeira pessoa pela personagem principal Paulo que conta a dificuldade no romance com Lúcia. A obra é dividida em 20 capítulos, distribuídos em 59 páginas.
O romance pertence a prosa romântica e retrata a vida de luxo de uma cortesã que abandona a prostituição ao se apaixonar e se entrega com dificuldade a um amor que lê tirou toda riqueza.
Lucíola é um livro interessante, porque aborda os sentimentos de mulheres que, por alguma razão, tornam-se cortesãs, como é o caso de Lucia, personagem principal dessa obra: “O dinheiro ganho com minha vergonha salvou a vida do meu pai”. (1997, p. 52).
Quantas “mulheres da vida” ajudam suas famílias com dinheiro que ganham vendendo seu próprio corpo. Apesar de tudo, elas têm sentimentos como afirma Elleinad em uma reportagem cedida na revista Veja (2007) “temos uma vida normal como qualquer outra pessoa não somos só uma máquina de desejo”.
Vemos que atualmente as mulheres da vida, como Lúcia sofrem muito preconceito pelo fato de os homens pesarem que elas são só uma máquina de desejo e quererem tratá-las como um objeto qualquer que não tem sentimentos, causando-lhes sofrimento.
A MORENINHA
Marivalda, Rosana, Suelâine, João Paulo, Conceição Melo, Fernanda Barbosa, Cristiane, Lucilene, Marcone (2º E.M. ‘C’)
Joaquim Manuel de Macedo foi um dos maiores romancistas brasileiros, ao lado de Manuel Antônio de Almeida, José de Alencar, Machados de Assis, Aluísio Azevedo. Em suas obras, como A Moreninha (1844) é centrada no romance entre Augusto e Carolina, é um dos pilares de nossa literatura. Nas obras de Macedo enquadram-se como escritor preferido da classe média carioca: jovens estudantes idealizados, moças puras e casadoiras perambulando pela cidade do Rio de Janeiro. De modo geral, seus romances se caracterizam por interpretar o gosto popular em romances de tramas fáceis, idealização e finais felizes.
A Moreninha (1844), uma suas obras de maior receptividade do público, narra o romance entre Augusto e Carolina, um jovem universitário que está no quinto ano de Medicina escreve um livro devido a uma aposta feita por Filipe á Augusto, nesse livro ele fala de sua amada de cabelos negros, olhos escuros e travessa.
A seqüência da narrativa e a ação dos personagens se dão em tempo linear trinta dias. Os trinta dias pelos quais à aposta é válida. A aposta foi feita em vinte de julho de 1844, uma segunda-feira, e termina no dia do pedido de casamento, vinte de agosto do mesmo ano.
Existe um recuo ao passado. Quando a história se inicia, Augusto estudante de Medicina conquistará, entre os amigos, a fama de inconstante. Nos capítulos VII e VIII, o autor conta-nos a origem da instabilidade amorosa de herói.
Durante a leitura, descobre-se que o autor lhe confere complexidade já que no início da história o personagem é descrito de uma forma e no final dela é descrito de outra.
O tipo de ambiente predominante é físico. Foram encontradas algumas descrições:
“A ilha de... é tão pitoresca como pequena. A casa da avó de Filipe ocupa exatamente o centro dela. A avenida para onde iam os estudantes a divide em duas metades, das quais a que fica à esquerda de quem desembarca esta simetricamente coberta de belos arvoredos, estimáveis, ou pelo aspecto curioso que oferecem. A que fica a mão direita é mais notável ainda; fechada ao lado do mar por uma longa fila de rochedos e no interior da ilha por negras grades de ferro, esta adornada de mil flores, sempre brilhantes e viçosas, graças a eterna primavera desta nossa boa terra de Santa Cruz.”
Assim sendo, A Moreninha nos oportuna o aprofundamento psicológico das personagens, repercutindo no leitor o gosto pela literatura.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Os Sertões - Euclides da Cunha

ANÁLISE DA OBRA


A obra está inserida no período Pré-moderno, que compreende os anos de 1902 - com a publicação de “Os sertões”, de Euclides da Cunha – até 1922, com a Semana da Arte Moderna.

É uma literatura sem confissões ou excessos emocionais. Textos ágeis e científicos trouxeram uma visão humanista das massas marginalizadas do país.

O livro revelou ao Brasil o que ninguém até então não conhecia: o sertão é um só, uma pátria independente.

O capítulo “A terra” é um dos mais singulares da prosa brasileira. De forma literária, examina a constituição geográfica do continente americano e da região da Canudos. São estudados o solo, a flora, a fauna e o clima.

Euclides contribuiu bastante para a literatura brasileira, através da descrição detalhada que fez, em capítulos diferentes, da terra e do homem.

Ao tentar compreender a psicologia do sertanejo, o autor fez um ensaio revelador sobre a formação do homem brasileiro: desmistificou o pensamento vigente entre as elites do período da que somente os brancos de origem européia eram os verdadeiros representantes da nação.

“Os sertões” levou cinco anos para ser escrito e, até a morte do autor sofreu, alterações.

Cordel - uma indentidade do povo nordestino.

Literatura de cordel


A Literatura de cordel foi trazida para o Brasil pelos colonizadores. Estabeleceu-se na região Nordeste, especificamente, Salvador, ponto de convergência natural de todas as culturas e capital do Brasil. Foi expandida para os demais estados brasileiros através das correntes migratórias.
O cordel é uma narrativa oral, no entanto, com a imprensa, houve a transposição da oralidade para escrita, fazendo com que se tornasse literatura, além de ser uma arte popular.
Tudo ou quase tudo serve de motivo aos poetas populares para escreverem seus folhetos desde fatos ligados à religiosidade, crimes, romances tradicionais até assuntos históricos brasileiros.
Sem esquecer as pelejas e desafios entre os repentistas, sempre interessantes.
Na produção de textos, há misturas de elementos da literatura erudita ocidental, aliados às características próprias e particularidades históricas do sertão nordestino; embora os primeiros repentistas não seguissem a métrica e muito menos o número de versos para compor as estrofes. Todavia rimavam as ultimas palavras do verso.
Então aqui está a mais resumida e a mais simples definição sobre cordel: poesia narrativa, popular, impressa.

Analisando Narrativas - Memórias de um sargento de milícias

Estrutura da narrativa

Enredo

O futuro sargento de milícias, Leonardo, filho de Leonardo Pataca e de Maria Hortaliça, é o resultado das pisadas, beliscões e atos similares praticados pelo casal de imigrantes portugueses durante a travessia do Atlântico rumo ao Rio de Janeiro.
Sete meses depois do desembarque os efeitos do namoro manifestaram-se claramente: nasce um robusto menino que é batizado com o nome do pai. A parteira e o barbeiro foram os padrinhos do herói, que passa junto dos pais os primeiros anos de sua infância.
Leonardo Pataca, que se torna meirinho, descobre que era traído pela mulher. Em conseqüência, briga com ela e expulsa o filho com um violento pontapé, fazendo-o sair de casa em busca de consolo com o padrinho. À tarde, ao retornar, é informado de que a mulher tinha fugido rumo a Portugal a convite de um capitão de navio. Leonardo Pataca abandona seu filho com o padrinho e vai viver com uma cigana, que também o abandona.
Enquanto isso Leonardo, o filho, é adotado pelo padrinho, que muito se afeiçoara a ele, vai crescendo e a cada dia se revela mais briguento e travesso, prenunciando futuros envolvimentos com o famoso major Vidigal, que era o terror de todos os malandros e baderneiros da época.
O padrinho tenta encaminhar o menino na carreira eclesiástica, coloca-o na escola; mas o menino não revela interesse nem para religião nem para escola. Na Igreja da Sé, onde consegue ser sacristão o terrível menino faz tantas travessuras que é expulso pelo mestre-de-cerimônias o qual, por sua vez, não era um modelo de padre, pois vivia ocultamente com uma cigana.
Já rapaz, Leonardo prefere a vida de vadiagem e brincadeiras. Conhece Luisinha, filha de Dona Maria, apaixona-se por ela, mas esta se casa com um terrível rival – José Manuel, apesar dos esforços da comadre para afastá-lo de caminho.
Leonardo Pataca reconquista a tal cigana, mas é novamente abandonado. Passa a viver com Chiquinha, a filha (ou sobrinha da parteira). Daí nasce uma filha.
O padrinho morre, Leonardo vem morar com o pai, mas não se entende com Chiquinha, e sai de casa, passando a vagabundear pelos subúrbios da cidade onde conhece Vidinha, uma mulata sensual, pela qual se apaixona; entretanto esta tinha muitos pretendentes, surgindo assim, muitas confusões e interferências do Major Vidigal, que fica furioso com a fuga de Leonardo.
Ocorrem outros fatos, Leonardo é preso, mas é solto como soldado do Vidigal, sem nenhuma vocação para profissão, nosso herói passa a maior parte do tempo na prisão por indisciplina.
Com a constante proteção da madrinha, que recorre à ajuda da Maria Regalada, um antigo amor de Vidigal. Leonardo supera todas as adversidades, chegando ao posto de Sargento de Milícias. Recebe a herança deixada por seu padrinho e, por fim, casa-se com seu verdadeiro amor, Luisinha.

• Personagens

- Leonardo: de menino traquinas, sempre pronto a fazer travessuras e vingar-se de quem não o suportava, passa a ser sargento de milícias, posto de grande responsabilidade o que caracteriza a trajetória desordenada e contraditória e um personagem que não controla o meio em que se envolve e vai, pelo contrário, deixando-se levar por ele. Leonardo é a figura principal de enredo. É considerado anti-herói se comparado aos modelos românticos.

- Leonardo Pataca: é o primeiro malandro da Literatura Brasileira. Tendo conseguido chegar a meirinho, o que lhe garante uma vida ociosa. Ele é apresentado como o infeliz que é perseguido sempre pela má sorte na vida pessoal. A velhice o acama e afinal, encontra a paz ao lado de Chiquinha.

- Comadre: a comadre fez uso de sua influência e das informações que obtém para organizar o mundo segundo seus interesses. Nem sempre é bem sucedida, mas a sorte favorece e consegue ver o afilhado bem casado e na posição de sargento de milícias.

- Compadre (barbeiro): era um homem de bom coração. Afeiçoara-se tanto a Leonardo que não vê o lado negativo do menino. Parece identificar-se com Leonardo, pois também fora menino abandonado que tivera que enfrentar a vida sozinho. Não vive o suficiente para ver o final feliz do afilhado.
- Vidigal: “era o rei absoluto, o arbitro supremo que tudo dizia a respeito a esse ramo da administração; era o juiz que julgava e distribuía a pena, e ao mesmo tempo o guarda que dava caça aos criminosos”.
Apesar de tudo, é visto de forma simpática, principalmente porque termina sendo paca fundamental para o que o destino se encerre de forma favorável.

- Vidinha: era cantora de modinhas. Uma mulatinha de 18 a 20 anos. É a primeira personagem da ficção brasileira que se apresenta como uma mulata sensual que enlouquece os homens com sua vida livre e sem compromissos.

- Luisinha: foi o primeiro amor de Leonardo. É interessante a comicidade do primeiro encontro entre os dois, quando Luisinha é apresentada como uma verdadeira anti-heroína romântica, pois é feia e sem graça; no entanto, Leonardo acaba se apaixonando por ela e passa a ter um comportamento ridículo, como se vê na cena em que tenta fazer uma declaração de amor.

• Tempo

Cronológico
A narrativa tem um enredo linear por que é mensurável em horas, dias, meses, anos, séculos; começa narrando a infância do personagem e depois os demais fatos de sua vida na ordem em que eles ocorreram.

• Espaço

Toda a história acontece no período de D. João VI, na zona urbana.

• Ambiente

É o espaço carregado de características socioeconômicas, morais, psicológicas, em que vivem os personagens. No caso desta obra, que é um romance de transição para o Realismo/Naturalismo, não foram abordados temas da burguesia, mas sim das camadas mais populares do século XIX: meirinhos, barbeiro, cigana, etc.

• Narrador

O enredo é narrado em terceira pessoa por um narrador onipresente, que está presente em todos os lugares da história. Ela não conta apenas o que se passa com os personagens, mas também o que sentem.

• Tema

Aventura de tipos humano característicos da sociedade carioca do começo do século XIX. Retrata a realidade social.

• Assunto

A obra concentra-se nas proezas (amorosas), festas, encontros, instituições e profissões populares da cidade, cujas ruas são descritas com a animação de uma verdadeira narrativa de costumes.

• Mensagem

Mesmo após tantas críticas e agouros que recebeu dos vizinhos por ser tão traquino, Leonardo consegue um bom futuro, tornando-se Sargento de Milícias.

• Discurso

Na narrativa, o autor utiliza o discurso direto, registro da fala do personagem do modo como ele o diz. Para entender melhor segue o exemplo:

“O compadre adiantou-se e disse-lhe com um sorriso conciliador:
- O passado passado; vamos...ela está arrependida...doidices de rapariga...mas não há de fazer outra...
O Leonardo não respondeu; pôs-se a passear pela loja com as mãos cruzadas para trás e por debaixo das abas da casaca; porém pelo seu semblante via-se que ele estimara as palavras do compadre, e que seria o primeiro a pronunciá-la.”

Pudemos observar a introdução da fala do personagem pelo narrador através do verbo de elocução (dizer), dois pontos e o travessão.

• Comentário Crítico

A obra Memórias de um Sargento de Milícias pode ser considerada como o verdadeiro romance de costumes do Rio Colonial – sendo um documento de uma determinada época descrita com malícia, humor e sátira ao período de D. João VI no Brasil.
Apesar de ter sido escrito em pleno romantismo, “está meio em desacordo com os padrões e o tom do momento” (Antonio Cândido), pois, ao contrario dos romancistas seus contemporâneos, abandona a visão da burguesia urbana com suas convenções a fim de retratar o povo em toda a sua simplicidade – parteiras, comadres, barbeiros, meirinhos etc. – uma classe que não tinha aparecido como personagem, não havendo idealização desses personagens, ambientes ou situações, graças à observação direta e objetiva.
Quanto ao herói do romance, Leonardo, por sua origem, vagabundagem e suas atitudes escandalosas, é considerado um anti-herói, que não tinha nobreza de caráter.
Muitos outros aspectos, também, ferem a sensibilidade romântica como a linguagem mais popular; a descrição das personagens femininas e os nomes a elas atribuídos – quase sempre diminutivos ou extravagantes: a essência da mulher submissa ao homem e da mulher respeitada e inatingível etc.
Por tudo isso, o romance é considerado uma obra de transição para o Realismo/Naturalismo, apresentando, contudo, vários pontos de contato com o Romantismo, como por exemplo, o estilo frouxo, a linguagem por vezes descuidada e principalmente o final feliz.

Memórias de um Sargento de Milícias distancia-se da sensibilidade romântica pelas seguintes razões:

• A história não envolve personagens da classe dominante, mas sim de pessoas da baixa renda.
• O personagem central não é nem herói nem vilão, trata-se de um anti-herói malandro, de natureza picaresca.
• As cenas não são idealizadas, mas reais, apresentando aspectos pouco poéticos da existência.
• Ausência de moralismo e recusa da idéia de que as ações humanas se dividem necessariamente entre boas e más.
• Troca de sentimentalismo pelo humorismo, do estilo elevado e poético pelo estilo tosco e direto, sem torneios embelezadores.
• O estilo é oral e descontraído, diretamente derivado da conversa ou do estilo jornalístico da época.


“MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS” DISTANCIA-SE DA SENSIBILIDADE ROMÂNTICA PELAS SEGUINTES RAZÕES:


• O personagem central não é nem herói nem vilão, trata-se de um anti-herói malandro, de natureza picaresca;

• As cenas não são idealizadas, mais reais, apresentando aspectos pouco poéticos da existência;

• Ausência de moralismo e recusa a idéia de que as ações humanas se dividem necessariamente entre boas e más;

• A história não envolve personagens da classe dominante, mas sim de pessoas da baixa renda;

• Troca de sentimentalismo pelo humorismo, do estilo elevado e poético tosco e direto, sem torneios embelezadores;

• O estilo é oral descontraído, diretamente derivado da conversa ou do estilo jornalístico da época.




Literatura é arte!!!

CONCEITO DE BARROCO

Para chegarmos ao conceito de Barroco é necessário conhecer seu momento histórico.
O Barroco surgiu em Portugal no ano de 1580 e finalizou-se em 1756 com o surgimento da Arcádia Lusitana. Caracteriza-se na Europa pela ocorrência de conflitos políticos, econômicos, sociais e, principalmente, religiosos. A divisão da Igreja colocou em campos opostos católicos e protestantes, salientando suas divergências éticas, morais, sociais. Esses problemas geraram no homem um sentimento de angústia, de dúvida na qual ele tentava conciliar razão x fé; materialismo x espiritualismo; carne x alma.
Devido a esse momento de tensão os artistas e escritores da época mostravam em suas obras o exagero detalhista, dramático, procurando envolver as pessoas pelo sentimentalismo, pela emoção.
Um dos temas também freqüentes no Barroco é a fugacidade da vida. Mesmo sendo um tema da antiguidade, ainda persiste no barroco só que se de maneira angustiada, medrosa, chamando atenção para a ilusão dos prazeres e a constante mudança das coisas do mundo. É o que podemos observar no trecho do sermão “A vida e o tempo”, de Pe Antonio Vieira:

... E vendo o homem com os olhos abertos como tudo passa, só nós vivemos como se não passáramos. (...) Todos imos embarcados na mesma nau, que é a vida, e que todos navegamos com o mesmo vento, que é o tempo; e assim como na nau uns governam o leme, outros mareiam as velas; uns vigiam, outros dormem; uns passeiam, outros estão assentados; uns cantam, outros jogam, outros comem, outros nenhuma coisa fazem e todos igualmente caminham ao mesmo porto; assim nos, ainda que não pareça, insensivelmente imos passando e avizinhando-se cada um a seu fim: porque, conclui Ambrósio, tu dormes e o tempo anda: Tu dormis et tempus ambulant. Disse pouco em dizer que o tempo anda; porque corre, voa; mas advertiu bem em notar que nós dormimos; porque tendo os olhos abertos para ver que tudo passa, só para considerar que nós também passamos parece que os temos fechados. (...) considerando este continuo passar homem, diziam os sábios da Grécia que todo homem que chega a ser velho morre seis vezes; e como? Passando da infância à puerícia, morre a infância; passando da puerícia à adolescência, morre a puerícia; passando da juventude a idade de varão, morre a juventude; passando da idade de varão à velhice, morre a idade de varão; finalmente passando de viver por tanta continuação e sucessão de mortes, com a ultima que só chamamos morte, morre a velhice. (...) se o sol que sempre é o mesmo, todos os dias tem um novo nascimento e um novo acaso, quanto mais o homem por sua natural inconstância tão mutável, que nenhum é hoje o que foi ontem, nem há de ser amanha o que é hoje!
Antonio Vieira, apud Eugenio Gomes.
(org.), Trechos escolhidos, p. 85
.


Diferentemente do Classicismo, o Barroco é um estilo que visa surpreender o leitor através das cores, do movimento, do pictural. Ele tem seu próprio caráter, sua própria expressão artística. Ele é único. Não busca imitação em nenhum outro movimento literário, não é fingimento como no Arcadismo. É um fragmento do mundo visível, ou seja, mostra a realidade da época através do subjetivismo, da emoção, da arte é o que afirma Wolfflin, o Barroco é uma produção artística nova e total, com seus próprios critérios, formas e intenções.
Para d’Ors o Classicismo Francês do século XVII é apenas uma maneira local especifica de uma movimento internacional de arte e civilização que habituamos a chamar Barroco. Na realidade, os franceses não aderiram ao Barroco com uma escola literária, pois o trataram como o senso do ridículo, antiartístico. Eles tinham uma rejeição ao moderno. Por isso desprezaram o Barroco, assim como não aceitaram o Impressionismo.
O Barroco é a irregularidade, a assimetria, a paixão em lugar da racionalidade as figuras parecem estar em movimento e os textos ganham vida através da linguagem. O Renascentismo é o contrario do Barroco: é equilíbrio, simetria, harmonia.
Segundo Gullar (1988), o Brasil é um país barroco. Aspecto observado nas paisagens, nas construções de Brasília, com suas linhas curvas; nas escolas de samba, nas igrejas e também no povo brasileiro dividido entre tantas religiões, mais ainda que no período da Reforma e Contra-Reforma, e dúvidas sobre fé e razão.
Já conhecemos vários conceitos de Barroco: barroco como irregularidade; como excesso; como senso do ridículo, segundo os clássicos. E para concretizar estas idéias, Wolfflin conceitua-o como a arte que se opõe ao renascentismo. Wolfflin distingue bem os dois períodos literários:
BARROCO RENASCIMENTO

Linear Pictural
Plano Profundo
Forma fechada Forma aberta
Plural Unitário
Luz absoluta Luz relativa

Pode-se dizer que, no século XVIII, os artistas procuraram sentir a vida na própria natureza de seu impulso. Abandonaram a visão clássica relacionada ao imutável e a perfeição. Neste período, a arte foi usada como meio de expressão dos sentimentos, crenças, valores e emoções dos seres humanos, de acordo com o que viviam.
A arte barroca permite que, o apreciador, “viva” a história de sua época. Seu efeito ativo faz com que a imaginação reflexione sobre o real.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Educação em primeiro lugar!!!



Em 2009...





Tudo novo:

novas amizades,

novos pensamentos,

perspectivas surpreendentes,

aprendizagens,

fraternidade,

paz

e muito amor nos corações humanos!


Jaqueline Santos