sábado, 20 de março de 2010

Somos poliglotas???

EREM ABÍLIO DE SOUZA BARBOSA

Professora: Jaqueline Souza dos Santos Silva Componente Curricular: Língua Portuguesa

Tema para debate: “Devemos ser poliglotas na mesma língua”. (Evanildo Bechara)

Multilinguismo: o uso circunstancial da língua

A língua é o principal meio de comunicação, de interação e de transmissão de conhecimento. É a expressão mais fiel da cultura, tradição e identidade de um determinado grupo de indivíduos. Essa intensificação com que a língua tem se estabelecido na sociedade, tanto em relação aos avanços tecnológicos e as mudanças sociais contemporâneas, bem como a aquisição da liberdade de expressão faz com que o monolinguismo perca espaço para a pluralidade linguística ou multilinguismo, transformando os falantes de uma língua em poliglotas nela mesma.

Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, poliglota é aquele que “sabe ou fala muitas línguas”. Poli-, do grego polús, significa “numeroso”, e –glota denota “ponta”, “língua”, “órgão da fala” . Como, dentro de um mesmo idioma, falar outras línguas?

Na verdade, a língua que usamos é a mesma. O que nos faz poliglotas é o fato de manifestarmos a língua de forma deferente, de acordo com a situação comunicativa vivenciada.

A língua é o que nos difere dos outros animais. É o meio pelo qual podemos expressar nosso pensamento (ideias, sentimentos, emoções). Consiste na concretude da abstração cognitiva, interpretada através de sons, letras, cores, imagens, gestos, entre outros.

Mas, sendo a língua é uma forma de inclusão na sociedade, o que fazer para interagir com pessoas que apresentam deficiência auditiva?

A língua, em sua dinamicidade, constitui-se de maneiras diferenciadas. Aquela em que utilizamos PALAVRAS para estabelecer comunicação é chamada LINGUAGEM VERBAL; e a que se utiliza de GESTOS, chamamos LINGUAGEM NÃO VERBAL. É por meio desta que podemos interagir com as pessoas que não fazem uso da alocução.

A aceitabilidade de diferenças e variações lingüísticas significa dizer que nos empoderamos genuinamente da capacidade de adequar a fala aos nossos interlocutores, obedecendo com objetividade aos níveis de linguagem apropriados à situação comunicativa.

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